sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Entre realidade e ficção: o cinema urgente de Eduardo Coutinho


No último dia 07, segunda-feira, iniciamos as atividades do Cineclube Magneto no Centro de Artes Cênicas Walmor Chagas, com o documentário “Jogo de Cena”, de Eduardo Coutinho.
Nesse primeiro momento, optamos por filmes que descortinassem o processo criativo, instigassem o debate das artes interpostas (cinema e teatro) e com isso, possibilitassem um debate rico e produtivo sobre o fazer artístico.
Com “Jogo de Cena”, tivemos uma aula sobre narrativa.
Em suas quase duas horas, o documentário expõe fronteiras num jogo de metalinguagem com o próprio título, deixando ao espectador o benefício da dúvida: quem de fato está contando aquelas histórias? Onde termina a representação e começa o depoimento?
No fundo, no fundo, não importa muito quem depõe (narra sua própria história) ou quem interpreta. A cada história daquelas mulheres, nossos olhos marejam, nosso coração fica apertado, nossa emoção aflora.
Desta forma, a narrativa só faz sentido se, quem estiver contando a história (seja sua ou não) tiver vontade de contar essa história. Fácil não é, mas é simples, mais do que a gente imagina.
Tivemos um público de 16 pessoas, com direito à pipoca e debate no final.
No dia 28 de fevereiro, daremos prosseguimento à programação inaugural, com o filme “Sinedoque, Nova York” do aclamado roteirista norteamericano Charlie Kaufman.


Wallace Puosso
Coordenador do Cineclube Magneto

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